26/11/2020

 Conforme anunciado, as  duas turmas de oitavo ano da escola «aceitaram o desafio da professora de português -Nelma Patela-: escrever um conto de Natal ecológico!»

Chegou o momento de aqui deixar alguns dos contos selecionados.

Por se tratar de um concurso, apenas se informa se cada conto é individual (classe A) ou em par (classe B).

Contos individuais:

A1: 

Estava uma noite fria e ventosa, havia várias árvores caídas no chão, era tanto o frio que as pessoas mal podiam ir trabalhar. Os meus pés estavam frios, e as pontas dos dedos estavam geladas. Notava-se mesmo que estava quase a chegar o Natal.

Era o ano 2058, e a poluição era tão grande que na praia só  havia plástico! Já para não falar no aquecimento global… Todos os dias eu fazia a mesma pergunta: o que será que eu vou vestir, se numa hora está frio, e na outra está um calor terrível? Sim, o aquecimento global estava a piorar cada vez mais!

Nesse Natal, aproveitei os plásticos das garrafas, tampas, etc, e fiz uma árvore de Natal: ficou fantástica! Todos acharam boa ideia. Eu realmente pensei mesmo que, em pleno século XXI, a poluição seria muito menor. Muitas das pessoas me questionavam : “por que é que te dás ao trabalho de proteger tanto o planeta, se muitos nem metade protegem? Então eu digo: o mundo é nosso, devemos cuidar dele para que um dia mais tarde os nossos filhos possam ter um bom futuro, com água potável. Imaginem chegarem ao Natal, uma época tão linda e não poderem festejar com alegria! Imaginem não terem peixe para comer porque morreram todos com pedaços de plásticos, e cada vez os animais estão mais em vias de extinção.

Infelizmente, o ser humano é o maior inimigo do planeta.  Em consequência disso, o Natal nunca mais vai ser o mesmo…



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A2:

Eu, a Lua e o Natal

Era uma vez um rapaz de 13 anos que adorava o Natal: EU.

No dia em que me apercebi que as férias de Natal estavam a chegar, fiquei extremamente feliz, por ser a época do ano que eu mais gosto. Este ano temos um novo membro na família: a nossa Lua, uma gata muito linda e cheia de energia, tem apenas quatro meses, e é muito brincalhona.

A melhor parte do Natal é estar sentado à mesa a conversar e conviver com a família e amigos, com a casa toda enfeitada e cheia de luzes a piscar por todo o lado, e também não vou negar que os presentes debaixo da árvore deixam me muito curioso.

 A minha mãe e avó já me tinham avisado que fazer uma árvore de Natal ia ser uma aventura por causa da Lua. É que gatos e árvores de Natal não combinam.

O que nos levou a pensar fazer uma árvore diferente.

Então fizemos os nossos próprios enfeites. Utilizamos cartão, esferovite, pinturas e brilhantinas de todas as cores, que lembram esta altura do ano tão bonita.

A Lua ajudou e deixou a marca da pata e dentes em grande parte dos enfeites. Foi muito divertido!

Depois de montada e enfeitada, deixamos que ela se chegasse perto para poder “fazer amizade” com a nossa árvore.

A verdade é que resultou; a Lua adora observar de longe nossa árvore de Natal, que ela também ajudou a fazer. Em relação aos presentes que estavam debaixo da árvore, não posso dizer que tiveram a mesma sorte. A Lua fez deles um parque de diversão, ainda bem que os que lá estavam eram só “faz de conta” para embelezar o pé da nossa árvore.

Os verdadeiros presentes só vão ser colocados pelo Pai Natal, depois da consoada. J


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A3


O Natal de 2020 foi diferente de todos os outros. Foi diferente por causa do covid-19: não podíamos estar todos juntos, e eu decidi ir pescar para respeitar o distanciamento social.

Estava a olhar para o mar, a ver um sítio onde não estivesse ninguém; de repente vi uma coisa a flutuar na água e decidi ir ver: era um golfinho preso numa rede de pesca, com muito lixo dentro da boca. Decidi ajudá-lo.

 Na verdade, este caso do golfinho não é novidade: constantemente vemos nas notícias milhares de peixes que morrem por causa do lixo que as pessoas atiram para o mar, por exemplo: garrafas, sacos plásticos, redes de pesca...eles morrem por causa do lixo que entra pelas gelras, depois não conseguem respirar.....É muito triste! Pobres inocentes!

Consegui aproximar-me dele e, com cuidado, libertei-o. Parecia que percebia que estava só a tentar ajudar, e colaborou, tentando manter-se quieto. Depois, ele foi contente embora.

Passado algum tempo, um homem veio ter comigo a perguntar o que tinha acontecido, e eu expliquei-lhe que tinha salvado um golfinho que estava preso numa rede de pesca. Ele ficou todo contente e acabámos por ser amigos. O homem chamava-se Carlos. Depois, viu o golfinho a vir para a costa, foi buscar peixes e atirou-os para comer. Ele comeu, feliz. Quando acabou de comer , ficou todo contente e começou a saltar e a fazer truques. Acabou por aparecer um grupo de golfinhos e foi-se juntar a ele. Depois, foram para o fundo do mar e, no final, estivemos a tarde toda a falar do golfinho. No outro dia, o Carlos convidou-me para ir pescar, e eu fui; eu e ele levámos comida para nós e também para os golfinhos, se viessem outra vez à costa, ou se viesse outra espécie de peixe.

Mas no final da pesca não vimos nada na costa, guardámos tudo, fomos embora e estivemos  a viagem toda a falar do golfinho.

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A4


O Natal Ecológico

O Natal em 2020 foi “diferente”. Hoje é dia 1 de janeiro de 2021 e, como não tenho mais nada para fazer, resolvi escrever a história do meu Natal no ano passado; o meu nome é Marcos e o resto sobre mim vocês vão saber ao longo da história.

Tudo começou no último dia de aulas antes das férias de Natal:  as minhas notas não foram das melhores e eu esperava que elas não saíssem antes dos meus pais comprarem as prendas (o que aconteceu, para minha felicidade),  e todos nós sabemos como são os últimos dias de aulas dos períodos - ninguém quer fazer nada, e os professores, como sempre, resolveram que seria boa ideia vir um senhor 'dar-nos um sermão' sobre a poluição, reciclagem e essas coisas.  Como já seria de se esperar, ninguém prestou atenção ao pobre senhor que estava só a fazer o seu trabalho; bem, ninguém é uma palavra muito forte, eu próprio não estava a prestar muita atenção, até que o senhor que estava a apresentar passou para um slide que falava sobre o quão mal as máscaras descartáveis fazem ao ambiente, e logo eu tive uma ideia. Como a minha mãe é costureira, pensei que me podia ajudar e ensinar a costurar e, depois de muitas aulas, aprendi a fazer uma máscara de pano. Durante as férias de Natal, eu e ela fizemos quantas máscaras pudemos para distribuir a todas as pessoas na véspera do dia de festa.

Chegou a véspera de Natal, o espírito natalino pairava no ar e, mesmo com esta situação complicada, havia muita gente nas ruas do Porto. Eu e a minha mãe saímos para dar as máscaras a quem passava na rua, e deixou-me tão feliz ver as pessoas a passar a usar as nossas máscaras! Também fiquei feliz por saber que estava a ajudar o ambiente.


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A5

O Natal de 2020 foi muito diferente…

            Foi o Natal de Covid-19, mas isso não significa que tenha sido triste. Aliás, foi um dos melhores da minha vida.

            Era dia 25 de dezembro …. mas vamos ter de voltar atrás para podermos esclarecer onde fui passar o meu Natal. Este ano, um vírus terrível, o Covid-19, atacou o nosso planeta, por isso os meus avós decidiram não vir a nossa casa nessa quadra, mas nós tivemos uma ideia. A ideia era a seguinte: “ ir a pé até a casa dos meus avós”, pois com tantos problemas ambientais achamos que seria uma boa ideia ir a pé, para não poluímos o ar. Andar de carro é confortável e moderno, mas é um problema muito grave para o ambiente. A utilização do carro polui o meio ambiente, o que faz com que o nosso ar fique impossível de respirar; por esse motivo, decidimos ir a pé e aproveitar para ver a paisagem e desfrutar de mais tempo em família. Os meus avós ligaram todos os dias na semana anterior para saber como estávamos. Mas no dia 25 não iríamos atender, pois estaríamos na nossa caminhada até casa deles.

            Chegou o momento de irmos, eu estava muito nervoso e ansioso porque não sabia como os meus avós iriam reagir, e também seria a minha primeira longa caminhada. Eram cerca de 10 km a pé, uma grande jornada para mim. Faltavam apenas 5 km para chegarmos a casa dos meus avós, e confesso que naquele momento pensei se eles iam gostar da supresa ou não! Chegámos à porta da casa deles e … quando os meus avós nos viram não tiveram palavras para descrever a felicidade. Depois desse dia, celebramos o Natal em casa dos meus avós, após uma caminhada até casa deles.

            Esta história quer passar a mensagem que as pessoas deveriam parar e pensar mais no meio ambiente, porque sem ele as nossas vidas irão sofrer danos.

 

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A6

No Natal de 2020, eu e a minha família decidimos fazer algo diferente: decidimos “dar um presente à terra”.

Esse presente foi ficar toda a tarde a limpar o lixo das praias e florestas perto de nossa casa. Vestimos roupa apropriada, quente e confortável, levámos sacos de lixo, luvas …. fomos passeando e apanhando o lixo das praias para depois ser reciclado. No final da tarde, fomos também apanhar o lixo na floresta ao lado de casa. É assustador e preocupante a quantidade de lixo que encontramos nas praias e florestas, desde plástico, garrafas, embalagens de batatas fritas …

Esta decisão de dar um presente à terra foi tomada por mim e apoiada pelos meus pais. A poluição ambiental está cada vez mais a aumentar, e deve ser tomada com muita atenção. Se não forem tomadas medidas para prevenir este aumento, vão acontecer graves perigos para a humanidade. A partir desse dia, prometemos que iríamos todos os natais limpar as praias e florestas mais próximas.

No dia seguinte, viajamos para casa dos meus avós para passarmos o Natal com eles. Durante a viagem, pode apreciar a paisagem com montanhas, montes, rios e estar mais atento à questão ambiental e a necessidade de ser cuidada para o bem do mundo. Finalmente, chegámos a casa deles e reparamos que não tinham enfeitado a casa. Decidimos que iríamos enfeitá-la com ‘lixo’ que eles tinham e que poderia ser reciclável, como por exemplo embalagens de leite, conhas, palhinhas entre outros. Ficou muito gira a decoração de natal.

Este Natal de 2020 foi marcante para mim, porque foi o Natal que comecei a fazer alguo de bom para o mundo e fiquei mais sensibilizado para as questões ambientais.

 


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